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06/09/2011

Cirrose Hepática - Dúvidas Mais Frequentes


fígado cirrótico

1. O que é cirrose ?
A cirrose é, na verdade, o resultado de diversas doenças crônicas do fígado, que levaram a destruição gradual das células com a formação de cicatrizes, que foram se acumulando até que a estrutura do fígado esteja deformada, com a formação de nódulos.


abdome ascítico: circulação colateral

2. A cirrose não é doença de alcoólatras ?
O uso exagerado e a longo prazo do álcool pode levar à cirrose, sendo que a probabilidade disso acontecer depende muito do tempo, da quantidade de álcool ingerido e da predisposição genética. De qualquer modo, é importante saber que a maioria das pessoas com cirrose hoje não são os alcoólatras, e sim os portadores de hepatite C. Outras causas comuns são a hepatite B, medicações tóxicas ao fígado, hepatite autoimune, esteato-hepatite não alcoólica (que tende a ser a principal causa de cirrose na próxima década), cirrose biliar primária, colangite esclerosante primária, hemocromatose e doença de Wilson. Há outras causas mais raras, mas infelizmente em cerca de 30% dos cirróticos não encontramos a causa.

 cirrose alcoólica?

3. A cirrose é contagiosa ?
A cirrose, em si, não é. Mas a doença que levou à cirrose pode ser contagiosa, especialmente as hepatites B e C.
4. Cirrose é câncer ?
A cirrose não é câncer, mas predispõe ao aparecimento do câncer primário do fígado, o hepatocarcinoma e, dependendo da causa da cirrose, também o câncer primário das vias biliares, o colangiocarcinoma. Por esse motivo, todo portador de cirrose deve fazer exames periódicos para, se surgir um câncer, detectá-lo no começo e ter possibilidade de cura.


abdome ascítico


5. Quais os sintomas da cirrose ?
O fígado é um órgão com grande reserva funcional, ou seja, só quando estiver muito comprometido leva ao aparecimento dos sintomas. As únicas exceções são a hemorragia por varizes de esôfago e o câncer do fígado, que podem ocorrer mesmo sem sinais prévios. 
Na cirrose já com comprometimento pequeno das funções do fígado, podemos encontrar sintomas leves como fraqueza, emagrecimento, alteração menstrual em mulheres e impotência em homens, sangramentos em gengivas, inchaço nas pernas e na barriga. Nos casos mais graves, aumento do abdome por acúmulo de líquidos (chamado de ascite), pele e olhos amarelos (icterícia), aumento das mamas em homens, hematomas espontâneos na pele, sonolência, tremores, cãibras e confusão mental.
6. Se os sintomas só aparecem com a doença avançada, como o diagnóstico pode ser feito no início da doença ?
As pessoas com risco para adquirir as doenças causadoras da cirrose devem fazer acompanhamento médico. 
Fatores de Risco
História familiar 
Doenças Hepáticas Associadas
Hemocromatose, doença de Wilson, deficiência de alfa-1-antitripsina, fibrose cística, talassemia, anemia falciforme 
Etilismo (geralmente > 50g/dia)
Cirrose alcoólica, esteatose hepática, hepatite alcoólica 
Hiperlipidemia, diabetes, obesidade
Esteatose hepática 
Transfusão sangüínea
Hepatites B e C 
Doenças autoimunes
Hepatite autoimune, cirrose biliar primária 
Medicações
Hepatopatias induzidas por drogas 
Exposições parenterais (drogados, profissionais de saúde)
Hepatites B e C 
Homossexualismo masculino
Hepatite B 
Colite ulcerativa
Colangite esclerosante primária 
História de icterícia ou hepatite
Hepatites virais crônicas ou autoimune, cirrose 
Cirurgia hepatobiliar
Estenose dos ductos biliares

ascite

7. Qual a importância do diagnóstico precoce ?
O diagnóstico precoce das doenças que levam à cirrose podem permitir o tratamento (cura ou controle) dessas doenças, permitindo assim que a progressão para cirrose seja lentificada ou interrompida. Mesmo naqueles com cirrose, pode atrasar o aparecimento dos sintomas.
8. Existe tratamento para a cirrose ?
Não. O único tratamento para a cirrose em si é o transplante do fígado. A cirrose é a conseqüência de diversas doenças do fígado, que devem ser tratadas antes de se chegar à cirrose para evitar que ela se desenvolva ou durante a cirrose para evitar ou lentificar a sua progressão. 
Alguns tratamentos estão em estudo para evitar a progressão da doença, mas os resultados são conflitantes e não há comprovação científica suficiente para justificar o seu uso. Portanto, se o seu médico lhe disser que vai curar a sua cirrose ele está fazendo uma das duas coisas: enganando você ou prescrevendo um remédio que pode ser prejudicial à sua saúde. Ambos os casos são obviamente anti-éticos. Procure um hepatologista para cuidar de você. 
Outra coisa muito importante: cada vez estão sendo descritos mais casos de cirrose e hepatites secundárias ao uso de remédios "naturais". Lembre-se que os maiores venenos já produzidos pelo homem são extraídos diretamente de plantas e que se uma erva tem potencial para curar, também pode ter para matar.

9. Se não há tratamento, o que pode ser feito ?
Podemos dizer que há dois tipos de complicações da cirrose: as rápidas e as lentas. As lentas são o acúmulo de água na barriga (ascite), inchaço nas pernas, confusão mental e infecções. Essas complicações ocorrem quando o fígado está realmente muito ruim e o tratamento é muito difícil. As medicações devem ser cuidadosamente avaliadas por um especialista, pois muitas fazem mais mal do que bem se usadas incorretamente. Pode ser necessário um transplante de fígado nessa fase. 
As complicações "rápidas" e muito graves são o câncer de fígado e a hemorragia digestiva. São muito graves e com altíssima mortalidade. Mas isso pode ser evitado com o devido acompanhamento médico. O hepatologista usa de métodos de imagem e exames de sangue para detectar o aparecimento do câncer do fígado ainda na sua fase inicial, quando há possibilidade de cura. Também realiza exames periódicos para detectar o aparecimento de varizes no esôfago e indica tratamento com remédio ou por endoscopia para prevenir seu sangramento.

10. Há uma dieta para portadores de cirrose ?
Não há uma dieta específica, cada paciente tem necessidades que variam de características individuais (como a presença de outras doenças como o diabetes ou hipertensão arterial), seu estado nutricional, estágio da cirrose e a presença de complicações (como a ascite e a encefalopatia hepática). De modo geral, as recomendações básicas são evitar o excesso de sal, frituras e carne vermelha, manter abstinência alcoólica e procurar fracionar a dieta, comendo mais vezes ao dia uma menor quantidade de alimento. Mas o adequado é individualizar a necessidade dietética sob orientação do médico e do nutricionista.
Fonte: Hepcentro
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